13 de Setembro de 2006
Hoje eu vi uma foto sua. Assim, despretenciosamente, enquanto procurava um documento. Fechei os olhos, lembrei.
Nem foi preciso ir muito longe. Seu sorriso remetia à um dia perfeito. Aliás, já nem me lembro os tantos dias perfeitos que compartilhei com você.
Mas posso lembrar em detalhes como isso começou. Do seu sorriso de criança numa aula da escola, de uma visita, do álbum de fotos e, depois, seu braço encostado no meu, um aviãozinho de breeze e muitas gargalhadas!
Quantas vezes te contei os meus medos e meus segredos mais íntimos? Compania como a sua, eu queria ter pra sempre. Porque a gente sempre se preocupa com o amor e às vezes esquece do simples bem estar, da amizade.
Ainda posso ver seu olho brilhando, mesmo que pela foto. Os peixes brincando e seu sorriso hipnotizante. Do reflexo da lua no seu olhar, naquela noite que você quis que eu te ensinasse a patinar...
A amizade é um sentimento tão importante quanto o amor, que às vezes se confunde. E nunca pensei nisso antes...
Mas também teve a tempestade, meses sem nos falar, sem um telefonema, um bilhete, ou mesmo uma pequenina notícia sua. E teve até o ciúme doentio... é, CIÚME, assim mesmo, com letras maiúsculas.
Já te conheço tão bem, que não sei se tenho o direito de te querer pra mim, ou se não suporto o que sei de ti. É o grande dilema pra este sentimento tão puro.
Chorei. Não sei se de tristeza ou de alegria, pela distância ou pela proximidade...
Hoje eu vi uma foto sua. Fechei os olhos, rezei. Se a vida te levar antes de mim, pergunte a Deus se pode levar um amigo. Quem sabe assim podemos ficar juntos um pouco mais de tempo?
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