05 de Setembro de 2006
Já é tarde, já é noite, faz muito frio.
Eu continuo em frente ao computador, mas já não há mais trabalho. O expediente já acabou, os funcionários já foram, as luzes lá de fora já se apagaram.
E eu aqui, sem vontade de levantar e ir embora, como se à espera que acontecesse alguma coisa. Que meu telefone tocasse, que meu MSN chamasse ou que meu orkut acusasse.
Já sinto um incomodo na garganta, mas nem sei quantos graus marca o termômetro. Hoje tá muito frio. Escuto as mesma músicas de sempre, embalados pelos mesmos sonhos... mas talvez sem a esperança ou a compania que sempre me confortou.
Já não sou mais o mesmo, já não sei se fico ou se vou pra casa. Mas ir, pra que? Meu cobertor tá vazio, os filmes que passam na tv não têm mais graça e a pipoca nem tem mais gosto.
E o frio vai apertando. Fecho os olhos, vou pra trás e encosto na cadeira... viajo. Penso no calor das cobertas, nos seus pés brincando com os meus... Fico mais um tempo imóvel olhando pra cima, esperando o tempo passar.
Já tou quase congelando, e, num momento rápido, pego a chave e vou embora. O computador fica ligado, a mesa bagunçada, as luzes acesas e quase esqueço de ativar o alarme. Entro no carro, mal viro a chave, engato uma e vou em frente. A vida continua.
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